Atribui-se a esta década a popularização do rock brasileiro, movimento que surgiu para aproveitar a onda do estilo musical (rock) que já havia se consagrado mundialmente nos anos 70. Muitas bandas deste estilo, como os
Titãs e
Os Paralamas do Sucesso permanecem ativas até hoje, fazendo apresentações por todo o Brasil. Outras bandas e artistas da época, como
Engenheiros do Hawaii,
Legião Urbana e
Renato Russo, foram imortalizados e tocam nas rádios até hoje, devido ao grande sucesso entre o público, principalmente adolescentes.
As bandas mais cultuadas dos anos 80 formam um "quarteto sagrado"
[carece de fontes]. São elas:
Os Paralamas do Sucesso,paraibanos se juntaram em Jâo Pessoa e começaram a tocar na garagem de um dos integrantes ;
Titãs, paulistas (mais tarde "suavizados"). Inicialmente, juntavam as estéticas da
new wave e do
reggae com a da
MPB, e, de 1982 à
1984, a banda era formada por nove integrantes - além dos músicos que continuam no grupo, fizeram parte do conjunto:
Ciro Pessoa (vocais),
Arnaldo Antunes (vocais),
Marcelo Fromer (guitarra) e
Nando Reis (baixo/vocais), logo se tornando um octeto, numa formação que duraria até 1992, com a saída de Arnaldo. O baterista do grupo Ira!,
André Jung, tocou seu instrumento no primeiro trabalho titânico, depois cedendo seu posto a
Charles Gavin; Os cariocas
Barão Vermelho, surgidos em 82 e liderados por
Cazuza. Com a saída dele (que teve carreira-solo bem sucedida), o guitarrista
Frejat assumiu os vocais; e a mais influente
Legião Urbana, liderada por
Renato Russo, surgida em 82, emplacando alguns sucessos como Faroeste caboclo, Será e Eduardo e Mônica que chegaram ao topo das rádios. A banda acabou com a morte de Renato Russo, em
1996. Os outros legionários que compunham a banda eram:
Marcelo Bonfá (bateria) e
Dado Villa-Lobos (Guitarra). Renato Rocha foi baixista da banda até 1988.
E teve outras também de grandes sucessos na época, como as bandas
Sempre Livre,
Gang 90 e as Absurdettes,
Biquini Cavadão,
Hanói Hanói,
Hojerizah,
Harmony Cats,
Lobão e os Ronaldos,
Metrô,
Magazine,
Grafitti,
Ed Motta & Conexção Japeri, além de cantores(as) como
Marina Lima,
Léo Jaime,
Ritchie,
Kid Vinil,
Fausto Fawcett, entre outros.
Vários locais do Brasil tinham suas bandas surgindo no
Rio de Janeiro, surgiram os alegres
Kid Abelha e Léo Jaime;
Uns e Outros e o fim da banda Vímana revelou
Lulu Santos,
Lobão (também ex-Blitz) e
Ritchie; em São Paulo, o Festival Punk de 81 revelou
Inocentes,
Cólera e
Ratos de Porão. Além dessa cena, surgiram as principais bandas paulistas, como
Ultraje a Rigor (no qual
Edgard Scandurra tocou antes do Ira!),
Ira!,
Titãs,
RPM,
Zero,
Metrô (banda),e
Kid Vinil (então vocalista da banda
Magazine). Sem se esquecer da cena independente muito bem representados pelo
Fellini, Smack, Voluntários da Pátria, Akira S E Garotas Que Erram, e Mercenárias; em Brasília, o
Aborto Elétrico (em que Renato Russo tocara) virou o
Capital Inicial(que acabou se fixando em São Paulo), e a
Plebe Rude teve o sucesso "Até Quando Esperar" e "Proteção"; e no
Rio Grande do Sul, os "cabeças"
Engenheiros do Hawaii e
Nenhum de Nós chegaram ao sucesso nacional. Também estouraram bandas gauchas de rock como TNT, Taranatiriça,
Cascavelletes,
Os Replicantes, Os Eles,
Bandaliera,
Garotos da Rua,
DeFalla. Na Bahia, chegou ao sucesso o
Camisa de Vênus.
No
heavy metal, originou-se em Minas Gerais a banda brasileira de maior sucesso internacional, o
Sepultura, que toca o gênero extremo
thrash metal, com letras em inglês. Outra banda a conseguir algum destaque no exterior (
Japão) foi a paulista
Viper, que também escrevia letras em inglês, e que ajudou a desenvolver um estilo que viria a ser chamado de
metal melódico no Brasil. O Viper foi também responsável por revelar o vocalista
Andre Matos, que participaria de duas grandes bandas brasileiras:
Angra e
Shaman.
Década de 1990
Entre 94 e 95 surgiram dois grupos bem-sucedidos pelo humor: os brasilienses
Raimundos (94), com o ritmo
forrocore" (
forró+
hardcore) e os
guarulhenses Mamonas Assassinas (95), parodiando do heavy metal ao sertanejo, que chegaram a fazer 3 shows por dia e venderam 1,5 milhão de cópias antes de morrerem em um acidente de avião, em 96 (chegaram a 2,6 milhões).
O
Sepultura teve um crescimento de popularidade nos anos 90, culminando no álbum
Roots, que fez da banda uma das principais do
heavy metalmundial na época e lhes rendeu razoável exposição no
mainstream. Pouco tempo depois,
Max Cavalera, membro fundador e frontman, saiu da banda, dando lugar a
Derrick Green.
Seguindo o caminho do Sepultura, o
Angra também gravou músicas em inglês, misturando
power metal com ritmos tipicamente brasileiros. A banda alcançou sucesso na cena
heavy metal brasileira e reconhecimento mundial, sendo muito bem recebidos na
França e, principalmente,
Japão.
Outro fato da década é que todas as bandas do "quarteto sagrado" (exceto a Legião) tiveram de se reinventar para reconquistar audiência: os Paralamas, depois de uma fase experimental, voltaram às paradas com
Vamo Batê Lata (95); o Barão Vermelho, com o semi-
eletrônico Puro Êxtase(98); e os Titãs, com seu
Acústico MTV (97). Depois de um tempinho, surgiram
Wilson Sideral e
Flávio Landau (ambos irmãos de
Rogério Flausino vocalista do
Jota Quest); Wilson Sideral emplacou nas rádios brasileiras o seu primeiro sucesso que foi a faixa "Não pode parar", e depois de um tempo foi "Zero a zero".
Década de 2000
O ano de 2001 foi um ano "trágico" para o rock brasileiro.
Herbert Vianna, dos Paralamas, sofreu acidente de ultraleve e ficou paraplégico (mas voltou a tocar);
Marcelo Frommer, dos Titãs, morreu atropelado;
Marcelo Yuka, d'O Rappa, foi baleado e ficou paraplégico (saiu da banda) e
Cássia Ellerfaleceu.
Algumas bandas dos anos 90 passaram por muitas mudanças: o líder dos Raimundos, Rodolfo, converteu-se ao
protestantismo e saiu da banda para formar o
Rodox (que também acabaria algum tempo depois) e atualmente faz carreira solo com músicas gospel. A banda Skank buscou um estilo mais
britpop e cheio de experimentalismo nas músicas o que foi visto nos discos
Cosmotron (2003) e
Carrossel (2006), mas que mais tarde voltaria às origens no álbum Estandarte (2009).
Também surgiram as bandas
Detonautas Roque Clube,
CPM 22 e a cantora
Pitty, que tomaram a atenção da mídia durante toda a década. Principalmente a banda CPM 22, que foi a primeira banda brasileira a tocar no Hard Rock Café nos Estados Unidos.
No
heavy metal brasileiro, embora permaneçam
underground, viu-se o surgimento de novas bandas que conseguiram projeção internacional:
Shaman,
Hangar,
Mindflow,
Hibria,
Torture Squad,
Burning in Hell,
Shadowside, entre outras. As bandas consagradas da década passada, como
Dr. Sin, permaneceram como grandes nomes na cena metálica, que teve
Sepultura e
Angra ainda como suas principais figuras.
Igor Cavalera, último membro original, deixou o Sepultura em 2006. O Angra também passou por mudanças em sua formação:
Andre Matos,
Luis Mariutti e
Ricardo Confesori saíram, sendo substituídos por
Eduardo Falaschi,
Felipe Andreoli (músico) e
Aquiles Priester, respectivamente.
Andre Matos, juntamente com os outros ex-membros do Angra, formaram o
Shaman, que logo alcançou o status de grande banda. Atualmente,
Andre Matos segue em carreira solo.
A partir dos anos 2000, começaram a surgir bandas de rock com influências do
emotional hardcore (famoso emo), que ganharam muito destaque graças à internet e a redes sociais, como o
Orkut. Entre os maiores destaques estão as bandas
Nx Zero e
Fresno, os maiores representates da categoria no Brasil, que contêm letras simples e que tratam de sentimentos e emoções, altamente populares para o público jovem.
A partir de 2009, uma nova tendência tomou conta do cenário musical brasileiro: o "Happy Rock", ou
rock colorido, especialmente dedicado para o público feminino jovem e tem como suas principais características as roupas coloridas, óculos new wave, uso de
sintetizadores e letras agitadas, alegres. O visual das bandas de Happy Rock também remete muito à
Androginia de diversas bandas dos anos 80, como o
Culture Club, liderado pelo vocalista andrógeno
Boy George.
[3]