Não existem esportes indicados para homens ou mulheres, o que existem são esportes que tem mais contato físico e, com isso, a maioria dos praticantes acabam sendo do sexo masculino. Basta usar como exemplo o futebol, que no Brasil é basicamente praticado por homens, mas nos Estados Unidos a grande maioria dos praticantes são as mulheres. É uma questão cultural.
Você deve sempre procurar uma atividade física que te proporcione prazer. Claro que se optar por esportes mais ‘masculinos’, você vai praticá-los, provavelmente, com homens, mas isso não quer dizer que não seja indicado para mulheres também.
História e cultura
A história da mulher no esporte reflete a maneira como ela, era/é vista nos diferentes momentos históricos nos quais o esporte foi pensado, construído, organizado e praticado. O avanço das mulheres no mundo do esporte vai desde o espaço muito limitado que tinham na época em que a noção de fragilidade feminina imperava, até a gradual conquista de atuação esportiva diversificada, tanto no nível do esporte amador quanto profissional. Na Grécia antiga, por exemplo, a mulher era condenada à submissão e à obediência. No que diz respeito ao esporte não podiam participar e nem assistir às competições. Na idade média por influência da igreja católica, a prática esportiva continuava proibida para as mulheres. Só a partir do Renascimento, as mulheres foram liberadas a praticar algumas modalidades, que eram ginásticas, com o objetivo de prepará-las para terem filhos fortes e sadios. Já na era moderna, elas já podiam assistir aos jogos. A participação efetiva das mulheres no esporte, aconteceu depois de muitas lutas, nos jogos olímpicos de 1900 com a participação da nadadora Maria Lenk.
A presença da mulher no mundo do esporte representa assim, dentro de um universo construído e dominado por valores masculinos, uma luta constante pela afirmação de que elas também são capazes de praticar com êxito as mais diferentes modalidades esportivas. Essa presença crescente, constante e expressiva de mulheres, praticando, competindo e sendo bem-sucedidas no cenário esportivo, cria uma nova representação sobre a mulher na sociedade, diminuindo assim, aparentemente, as desigualdades e preconceitos.
Acredita-se que para levar uma visão positiva em torno da mulher esportista, é necessário antes, mudar a idéia de que esporte é somente para homens. Nesse aspecto a mídia exerce um papel fundamental, de valorizar as conquistas femininas, desvincular a imagem somente da beleza da mulher e incentivar a prática.
A falta de publicações sobre o esporte vinculado à mulher e o fato dela não ter muita visibilidade no meio esportivo quando comparada ao homem, mostra o quanto se fazem úteis estudos sobre esse tema. Acredita-se que se faz necessário uma nova maneira de ver a mulher no esporte, valorizando seus feitos e conquistas, desenvolvendo assim uma cultura esportiva em prol à igualdade, sem hierarquizações.
Faz-se necessário uma reflexão e análise, devido a complexidade que envolve o tema. O esporte é ainda um mundo predominantemente masculino, no qual as mulheres tiveram e têm barreiras a transpor. A sociedade em geral ainda julgam algumas modalidades como "maculinas". Seguem alguns exemplos:
Halterofilismo
(Foto: Javier Galeano/AP Photo) |
O esporte é conhecido como halterofilismo, levantamento de peso, ou ainda, levantamento de peso olímpico (LPO), é um esporte de força, cujo objetivo é levantar a maior quantidade de peso possível, do chão até sobre a cabeça, em uma barra em que são fixados pesos. Compete-se em duas modalidades: o arranco e o arremesso. Seu objetivo é desenvolver a potência (força rápida, explosiva) e exige técnica, flexibilidade, coordenação e equilíbrio. As mulheres passara a competir oficialmente em 1983. O primeiro mundial feminino foi em 1987, em Daytona Beach, EUA. Mas só foram aceitas pelo comitê olimpico internacional em 1996. A foto do detalhe é a atleta colombiana Mercedes Perez comemorando o ouro que faturou no último Panamericano.
Fisiculturismo
Competição que faz a escolha do atleta de físico mais musculoso e mais harmoniosamente desenvolvido, a eles concorrendo a nata da juventude halterofilista, uma vez que os praticantes de outros esportes, que a princípio se apresentavam, foram completamente suplantados pelos seus adversários desenvolvidos por meio de pesos. Algumas mulheres exageram e ficam com o corpo masculinizado, é o caso da atleta à direita, Larissa Cunha, que ganhou o título feminino do fisiculturismo internacional em 2009. À esquerda, é Nicole Wilkinis, vendedora 2012 da competição "Arnold Classic", criada pelo ator Arnold Schwarzenegger.
Rugby
Seleção brasileira no Uruguai, em março deste ano |
É um esporte que ultimamente vem crescendo bastante no Brasil. E também é visto como "masculino" por ser uma modalidade de muito contato físico. É um jogo bem parecido com o Futebol Americano. Uma partida tem duas partes de quarenta minutos que o objetivo é fazer maior número de pontos. Cada time no rugby tem 15 jogadores titulares e 6 reservas.
MMA
As artes marciais mistas (frequentemente conhecidas sob seu acrônimo em inglês: MMA - mixed martial arts) são artes marciais que incluem tanto golpes de combate em pé quanto técnicas de luta no chão. As artes marciais mistas podem ser praticadas como esporte de contato em uma maneira regular ou em um torneio no qual dois concorrentes tentam derrotar um ao outro. Utilizam uma grande variedade de técnicas permitidas de artes marciais — tais como golpes utilizando os punhos, pés, cotovelos, joelhos —, além de técnicas de imobilização — tais como lances e alavancas
Na foto Americana da Califórnia Ronda Rousey, de 25 anos. Em março deste ano, ela chegou ao posto máximo do MMA feminino — o Strikeforce.
Rousey, usando golpes do Judô venceu a luta com uma temida chave de braço. |
Atualmente, ela é a mellhor do mundo! Tem coragem de encará-la?
Por Camilla Castro
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